[...]Ela não sera minha

Por Andre Oliveira, enquanto sonhava.



   Eu já estava enroscadamente atrelado ao corpo dela quando realmente dei por mim. Nossos corpos se encaixavam com perfeição, eu ouvia seus gemidos, sentia as contrações de cada músculo quando lhe tocava, sentia seu coração batendo com o meu.
   Me entregava ao seu beijo, enquanto pensava o quanto aquilo era errado, mas, tão gostoso. Eu sempre a quis em meus braços e agora ali estava ela, rebolando sobre mim e gritando meu nome.
Apaguei qualquer pensamento contrario e me joguei, beijei sua boca como nunca havia beijado antes, senti sua língua procurando a minha, bailando.
   Minhas mãos buscavam explorar cada canto daquele corpo, capturando gemidos a cada descoberta.
Joguei-a sobre a cama e penetrei-a com volúpia e paixão. Anos imaginando e sem poder fazer nada soltos num só instante. Gemidos e urros tomam conta do quarto, tinha ela sobre meus domínios.
   Nos dois, exaustos sobre a cama, rindo feito dos bobos, sinto sua cabeça sobre meu peito, levo uma das mãos sobre sua cabeça e me perco nos carinhos, quando volto a realidade, percebo que deste jeito ela havia dormido, com a cabeça sobre meu peito. Ah como eu havia sonhado com isso!
   O sono parece ter me deixado e no lugar trouxe a verdade, trouxe a insegurança. Como sera depois que ela acordar? Nos não podíamos, mas, foi tão intenso e bom, nunca fui tão feliz. Sei que daqui há algumas horas o arrependimento tomara conta. Pensar em perder a amizade dela me faz chorar.
  Olho para ela e parece sorrir, deve estar tendo um sonho bom. Ela parece calma, sera que ela também me ama?
  Não sei o que pensar agora, o sono me provoca e  desejo que isso nunca acabe, mesmo sabendo que na manhã seguinte, ela não sera minha.