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Mostrando postagens de agosto, 2019

Vivendo entre o amor e o vazio

Como diria Nietzsche: "Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você." O vazio dentro de mim que encontrei nesses últimos tempos se tornou o abismo que sem perceber me peguei observando por muito tempo. Disfarçado de insegurança, medos e até dos meus melhores sentimentos, ele vinha até mim e me abraçava nos momentos de fraqueza. O vazio que instaurou-se em mim, me consumia de forma que eu, na minha cegueira fazia questão de não enxergar. Me cobri com um sentimento mais forte que o vazio nesses anos todos para não senti-lo, para que, de forma anestesiada, pudesse encarar a realidade que me encontrava. Amor, o sentimento mais forte que qualquer coisa. Foi com amor que cobri o vazio. Amor era a esperança das coisas mudarem e eu pudesse ser feliz. Amor, era o que me levava a outras dimensões, nelas vivia de forma plena e feliz com me despertava tal sentimento. Amor, era de

Um porto seguro

"Sonhei com você! Quando eu te ver, vou te contar." Era essa a mensagem no meu celular pela manhã. O dia passou tranquilo, passei a grande parte dele imaginando o que ela havia sonhado. Ela não tinha o costume de falar sobre os sonhos e qualquer coisa do gênero, na verdade, por vezes, ela mesma disse que não sonha e quando sonha não lembra. Enfim, a curiosidade me tomou por inteiro. A noite caia e não demorou muito estávamos juntos, ela sem demora pois-se a contar sobre o sonho. "Estávamos na época dos cavaleiros e eu era uma princesa guerreira que iria salvar um príncipe que vivia preso em enorme castelo..." Ela começou contando, uma risada escapou-me, o que fez parar de falar no mesmo instante, me lançando um olhar frio e cortante. "O que foi? Somente donzelas podem ficar presas em castelos e serem salvas por príncipes?! Seu machista opressor!" Me calei e com gesto tranquei minha boca, ela me olhou e com um sorriso meneou a cabeça em positivo, com

A dança

Eu nunca soube dançar a dois. Sempre quieto e na minha, observava as pessoas em suas danças, girando, pulando e fazendo movimentos que eu só via na minha cabeça. Eu nunca soube dançar a dois, no entanto, a sós eu era o próprio rei do pop. Dançava e me libertava, ao modo platônico da dança, enquanto fazia minha apresentação, olhava nos olhos daquela que me fazia querer dançar a dois. Enquanto me via dançando e encantando, sentia forte em mim a vontade de dançar a dois com ela. Como em Dirty Dancing, aguardava pelo o momento derradeiro em que eu a pudesse erguer, porém, Baby estava longe. Observando as pessoas dançando, percebia que havia um revezamento constante em quem conduzia. Era interessante, pois, mesmo que muitos ali soubessem dançar(e muito bem, até pareciam mestres nisso), por vezes, deixavam de guiar e seu parceiro então, a seu jeito(com alguns problemas aqui e ali, talvez insegurança, estar com alguém que leva uma dança tão bem, exigia que fosse retribuído da mesma forma).

Meu mundo

Por vezes a ansiedade dela ataca, deixa fora de conexão. Eu amo ela e quando ela me liga com aquela voz triste eu já sei, as coisas não estão boas. Sabe, ela é forte, você não faz ideia do quanto ela é forte. O que ela já me contou sobre o que passou na cabeça dela eu fico preocupado, fico triste e feliz. Preocupado porque eu adoraria cura-la para que ela nunca mais sentisse ou pensasse tudo o que ela pensa e sente. Triste por saber que ela passa por tudo isso e eu me sinto de mãos atadas e feliz por saber que ela é forte para vencer e sobreviver, forte para lidar com isso sozinha sempre que é necessário. Eu amo ela e por vezes ela me liga e sem precisar dizer ela me pede ajuda, eu paro o que estou fazendo e vou até ela, corro para chegar o mais rápido que posso, nesse momento eu me transformo no super homem e saio voando ao seu encontro. Quando chego a encontro sentada no sofá, enrolada nas cobertas, me sento junto e a abraço forte. Então vou no ouvido dela e digo: esse é o meu abra